quarta-feira, 18 de julho de 2012

Reação aguda do organismo a privação de sono

Autores compararam 15 jovens em condição normal e após 29h sem dormir. Foi identificado um aumento dos glóbulos brancos especialmente à noite. 

Um novo estudo feito por pesquisadores holandeses e britânicos mostra que a privação de sono pode ter os mesmos efeitos do estresse sobre o nosso sistema imunológico.

Os autores compararam 15 homens jovens em condições normais, de oito horas de sono durante uma semana, e após 29 horas acordados. Foram analisados os glóbulos brancos – células de defesa – do sangue dos participantes. As maiores alterações foram observadas em células conhecidas como granulócitos, que aumentaram principalmente à noite.

Os voluntários foram expostos a pelo menos 15 minutos de luz ao ar livre na primeira 1h30 após acordarem e proibidos de usar cafeína, álcool ou medicamentos nos últimos três dias da pesquisa. Tudo isso foi feito para estabilizar o relógio biológico dessas pessoas e minimizar a privação de sono antes do estudo intensivo em laboratório.

Segundo a principal autora, Katrin Ackermann, trabalhos futuros devem revelar os mecanismos moleculares por trás dessa resposta imediata ao estresse físico e mostrar qual é o papel deles no desenvolvimento de doenças associadas à perda crônica do sono. Profissionais que trabalham por turnos e sofrem mais com esse problema poderiam ser os maiores beneficiados.

Estudos anteriores já têm associado a restrição e a privação do sono com o desenvolvimento de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão. Outros também evidenciam que dormir bem ajuda a manter o funcionamento do sistema imunológico.
Até breve,
@Gregnani85
Fonte:http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/fisiologia/22632-falta-de-sono-afeta-tanto-o-sistema-de-defesa-quanto-estresse

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Obesidade e Sistemas de recompensas cerebrais

Uma pesquisa recente destinada a entender os mecanismos neurológicos relacionados a obesidade e os sistemas de recompensas cerebrais, localizados na região de “região medial” do cérebro promoveu uma nova forma de se enxergar a obesidade enquanto doença.
Os pesquisadores utilizaram técnicas de manipulação genética para testar a reação dos ratos à superexpressão de uma proteína relacionada ao circuito de recompensas cerebrais e sua relação com hábitos alimentares e comportamentos como agitação e tendência ao consumo de drogas, neste estudo específico, a substancia estudada foi a cocaína.
Os resultados do estudo indicaram que os mesmos neurônios responsáveis pelo controle da fome, também são responsáveis por controlar a predisposição a outros hábitos/comportamentos como a busca constante por novidades e tendência ao consumo de cocaína.
Essa descoberta faz a obesidade e a superalimentação decorrente deste distúrbio serem vistas sob a ótica de um comportamento semelhante ao uso de drogas, classificando o excesso de alimentos como uma forma de dependência química.
Além disto, ela reforça a presença de outros fatores, além do aspecto/evento químico essencial, nesse caso a superexpressão de uma proteína,na ocorrência da obesidade, já que neste estudo, alguns dos  roedores permaneceram magros após este evento, porém, em compensação,tendiam a uma maior “inquietude” e consumo de cocaína.
Até breve,
@Gregnani85
Fonte: http://scitechdaily.com/new-research-on-the-relationship-of-obesity-and-increased-drive-of-the-reward-circuitry/

  

sábado, 7 de julho de 2012

Natação e Saúde do Osso

Um conceito  bem estabelecido no meio da atividade física é que a melhora da saúde óssea está relacionada a execução de exercícios que promovam impacto e trabalhem com sustentação do peso corporal.
Dessa forma, os exercícios realizados no meio aquático não parecem ser uma atividade indicada/eficaz quando nosso objetivo é melhorar este componente da composição corporal.
Porém, um estudo publicado em 2007 lançou novas perspectivas sobre as relações entre as práticas esportivas aquáticas e a manutenção/melhora da massa óssea.O estudo em questão comparou atletas juvenis de futebol e nadadores em relação as suas características de densidade e estruturas internas ósseas.
Diferentemente de outros estudos, além de utilizar a densidade óssea como parâmetro de mensuração, eles utilizaram também outra técnica, que leva em conta a espessura do osso e sua arquitetura interna, que era um fator desprezado em outros estudos e que influi também na capacidade do osso de suportar as cargas impostas.
Os resultados deste estudo não demonstraram diferenças significativas entre os 2 grupos em relação a arquitetura interna do osso.Esse resultado, que já tinha sido observado em 2 outros estudos com grupos semelhantes, indica que, ao menos quando se fala de adaptações a longo prazo e de um treinamento de uma intensidade relativamente alta, por conta da amostra ser de atletas competitivos com um lastro de treino de no mínimo 8 anos, parece que os esportes aquáticos também podem promover benefícios para a saúde óssea, ainda que não influam diretamente sob sua espessura.
Até breve,
@Gregnani85