segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Prejuízos do excesso de exercício para o sistema imunológico

O exercício físico cada vez mais aparece como um “remédio” para os mais variados tratamentos de doenças e sua prevenção.Utilizando este conceito da atividade física como um “remédio”, as pesquisas mais recentes tem demonstrado em relação a ele o que já se conhece há muito tempo para as drogas medicamentosas tradicionais :”A diferença entre o remédio e o veneno é a dose”.
Assim, pesquisas recentes, inclusive realizadas aqui no Brasil, têm demonstrado os efeitos colaterais do excesso de exercício no corpo humano.Algumas descobertas em estudos realizados com atletas de elite por exemplo, demonstraram que estes indivíduos são 3 vezes mais sucetíveis a doenças como a gripe do que indivíduos “normais”.
Teoricamente, o exercício físico aumenta a qualidade das defesas corporais do organismo por conta de num primeiro momento causar uma “queda” no sistema imunológico, o que em seguida faz o corpo se adaptar promovendo uma maior renovação das células responsáveis por esse processo, os neutrófilos.Porém, pessoas submetidas a treinamentos extenuantes, como é o caso dos atletas de elite parecem promover uma queda tão brusca nas suas defesas orgânicas que mesmo o seu organismo altamente treinado não consegue acompanhar a velocidade de “reposição” celular necessária, tornando o organismo debilitado.
Outro mecanismo que influencia neste processo tem haver com os radicais livres, que são produzidos em quantidades maiores em atividades físicas mais intensas em relação a atividades mais moderadas.
Estas informações são importantes não só para indivíduos envolvidos em atividades competitivas, pois não é raro observar muitos de nós cometendo “exageros” nos treinamentos motivados por fatores diversos.
Torna-se extremamente importante conhecer e respeitar os nossos limites corporais para que não utilizemos a “dose errada do remédio”, esta responsabilidade compete a nós(educadores físicos) no sentido de orientar e controlar a progressão das cargas de treinamento de forma proporcional a evolução do condicionamento físico da pessoa, o que vale a pena ressaltar tem caráter totalmente individualizado.
Finalmente, para nós que não somos atletas e portanto não retiramos nosso sustento da atividade física, o pensamento que devemos ter como diretriz é que o exercício tem que ser adequado para o nosso corpo e não o inverso.Assim, as cargas tem que ser suportadas pelo organismo,tem que promover “desafios” para o nosso corpo, porém sem passar dos limites fisiológicos, para garantir que possamos aproveitar os benefícios do remédio sem experimentar os efeitos colaterais!
Até breve,
@Gregnani85

Referência:     http://www.educacaofisicaa.net/2011/09/exercicio-demais-prejudica-sistema.html#.TnMkt5-tgn8.twitter
Fisiologia do Exercício:Energia, Nutrição e Desempenho Humano
Willian Mcardle




 

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