segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Suplementação Esportiva-Parte 2

Você já deve ter ouvido pessoas diferentes ou você mesmo passado pela seguinte situação:alguém pergunta sobre a eficácia de algum suplemento, uma pessoa diz que o suplemento é uma maravilha e.......uma outra pessoa fala que tomou e não sentiu diferença alguma.Dentre muitos motivos possíveis para essa variabilidade de resultados, vou expor aqui um que julgo ser o mais interessante do ponto de vista fisiológico.
Os suplementos são desenvolvidos e testados inicialmente em dois públicos:pessoas com deficiências nutricionais e atletas.No primeiro público, eles funcionam como complementos, já que auxiliam a diminuir ou cessar uma falha orgânica dos pacientes.No segundo público eles funcionam realmente como suplementos, como um combustível extra para ajudar os atletas a aumentar a performance, quebrar recordes, etc.
Pois bem, e aí qual o raciocínio que advém para nós meros mortais quando vemos um atleta falando que este ou aquele suplemento fez toda a diferença nos resultados dele?”Se nesse cara, que é extremamente bem treinado, o suplemento fez efeito, o que ele não pode fazer por mim” certo?Talvez não.
Vamos imaginar a seguinte analogia:eu vejo que os aviões tem uma grande potencia, e eu quero aumentar a potência do meu carro.Pensar da forma descrita acima sobre os suplementos, é a mesma coisa que concluir que a razão do avião levantar voo reside estritamente no combustível que ele utiliza para o seu motor, sem levar em conta as caracteristicas ou diferenças entre o motor dele e o do meu carro.A minha conclusão seria que, se eu utilizar querosene de aviação no motor do meu carro ao invés de gasolina, eu teria o desempenho parecido com o do avião!
Muitas vezes utilizamos esse ráciocínio para o nosso corpo, estamos mais preocupados com o combustível que vamos utilizar do que com o nosso motor.E aí acontece a mesma coisa que aconteceria com o meu carro andando com querosene de avião, na melhor das hipóteses, não funciona!
Fisiologicamente falando, a verdade é que muitas vezes colocamos substâncias no nosso corpo que ele não tem capacidade de  utilizar, por falta de adaptações em nível enzimático e tecidual que ocorrem apenas em razão de períodos longos de treinamento, mudanças na alimentação e contam também com predisposições genéticas.
Então, a moral da história é:cuide primeiro do seu motor para depois pensar em colocar aditivos no seu combustível!
Até breve,
@Gregnani85

2 comentários:

  1. Aprendi muito com este post. Muito bom ! Precisamos sempre lembrar das características individuais das pessoas. Por isso é importante em qualquer segmento da saúde o atendimento individual e personalizado.

    ResponderExcluir
  2. com certeza, manter o foco no que realmente importa e faz a diferença, que são as pessoas, é fundamental.

    ResponderExcluir